Imagem: Divulgação
A pintura “Alegoria da Lei Áurea”, de 1888, de Miguel Navarro y Cañizares, pintor espanhol, tem causado debate nos salões históricos da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (EBA-UFBA), em Salvador.
Um movimento liderado por estudantes exige que a peça seja retirada, alegando que é racista, deturpa o fim da escravatura e apresenta a comunidade negra sob uma luz submissa.
Além disso, os estudantes exigem que a instituição desista publicamente de sua declaração e que seja alterado o nome de uma galeria que homenageia o pintor.
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A imagem em disputa retrata a Princesa Isabel e a assinatura da Lei Áurea, com a monarquia percebendo a abolição da escravatura como um gentil presente à comunidade negra.
Pela forma como a comunidade negra é retratada, alguns afirmam que a obra é um “gatilho violento”.
Há outros que veem a campanha dos estudantes como um ato de intolerância, enquanto outros acham importante desafiar as representações racistas na arte.
O debate chama a atenção para a necessidade de diálogo sobre a ligação entre política e arte, com os museus pretendendo desencadear discussões sobre o racismo, colocando peças questionáveis ao lado de reinterpretações de artistas negros.
Fonte: BBC Brasil
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