A correlação entre QI, tamanho do cérebro e história evolutiva é complicada.
Em sua essência, a hipótese postula que uma capacidade cerebral mínima de 600-750 centímetros cúbicos para o gênero Homo e 900 centímetros cúbicos para o Homo sapiens está associada à evolução do intelecto humano.
Dados paleoantropológicos, no entanto, revelam que mesmo com cérebros relativamente pequenos, o Homo naledi e o Homo floresiensis foram capazes de realizar atividades sofisticadas.
Isto lança dúvidas sobre a crença comum de que o QI de uma pessoa é diretamente proporcional ao tamanho do seu cérebro.
Além disso, efeitos significativos incluem alterações na estrutura neuronal, no controle genético e na conexão cerebral.
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O Homo floresiensis era um “hobbit” com um cérebro minúsculo que fazia ferramentas de pedra e mostrava sinais de controlar o fogo. O Homo naledi foi outro hominídeo com um cérebro minúsculo que exibia ações sofisticadas, como um provável enterro intencional.
Além disso, o tamanho do cérebro varia entre os humanos; por exemplo, algumas pessoas têm microcefalia ou falta parcial de tecido cerebral que não afeta a sua capacidade de funcionamento.
Além das dimensões físicas do cérebro, fatores como o “conectoma” e a expressão hereditária contribuem para a complexidade da cognição humana.
Estudos neuronais mostram que os humanos e os chimpanzés se desenvolvem a ritmos diferentes, o que pode explicar porque é que os humanos têm capacidades cognitivas superiores: um período mais longo de desenvolvimento cerebral.
Ao longo da evolução humana, alterações únicas foram observadas em genes ligados à cognição, segundo estudos genéticos.
Finalmente, ainda é difícil integrar todas as peças do puzzle e compreender como elas influenciam o comportamento humano, mesmo que o nosso conhecimento do cérebro tenha se expandido em muitas direcções.
Num esforço para promover esta compreensão complexa e em constante mudança, iniciativas como o Atlas das Células Humanas visam criar um mapa de cada célula do corpo humano.
Fonte: BBC
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