Ser médico na Espanha significa poder exercer a profissão em um dos principais sistemas de saúde do mundo e, ao mesmo tempo, viver em um país seguro e de alta qualidade.
Esta postagem irá orientá-lo nas etapas exatas que você precisa seguir, que documentação você precisa e como fazer o exame MIR (Médico Interno Residente), que é crucial para quem deseja fazer sua residência médica na Espanha.
Portanto, sem mais delongas, bora conferir como fazer residência médica na Espanha.
Vamos começar?
Antes de tudo, quanto ganha um médico na Espanha?
No sistema de saúde público de Espanha, a remuneração média bruta anual de um médico é de 53.000 euros.
Embora este valor seja de 4.417 euros mensais, o patrimônio líquido é na verdade de 2.940 euros após impostos.
na Espanha, o rendimento bruto anual de um médico começa em 35.300 euros, enquanto o salário anual bruto de um médico experiente pode exceder 100.000 euros.
O salário pode diferir entre comunidades independentes, além da experiência. No sistema público, a remuneração dos médicos é definida de forma independente por cada região.
Como funciona o sistema médico na Espanha?
A Espanha possui um sistema de saúde público e privado, semelhante ao do Brasil; as diferenças são as seguintes.
Pensa-se que noventa por cento dos cidadãos espanhóis beneficiam deste sistema, que serve de recurso em caso de emergência, em termos de saúde pública na Espanha.
No entanto, embora o sistema seja gratuito e esteja disponível para todos, ainda é necessário pagar impostos para ter direito ao acesso aos cuidados de saúde públicos.
Mas de que tipo de impostos estou falando aqui? Na Espanha, os benefícios de saúde pública estão disponíveis tanto para trabalhadores independentes como para subordinados, para os quais a Segurança Social é paga pelo seu empregador.
Um dos maiores benefícios de ser médico na Espanha é poder trabalhar em um dos maiores sistemas de saúde do mundo.
Você não poderá contribuir para a Previdência Social espanhola, portanto se você for estudante ou solicitar visto de residência sem fins lucrativos, por exemplo, precisará ter um plano de saúde privado.
Dito de outra forma, embora a saúde pública seja gratuita, só pode recebê-la se pagar à Segurança Social, em outras palavras, não é tão gratuito como no Brasil. Esta poderia ser a maior distinção entre os dois sistemas.
Outro ponto que merece destaque, o sistema de saúde privado espanhol difere muito do brasileiro porque a cota mensal vale mais dinheiro na Espanha. Existem seguros de saúde na Espanha que começam nos 15 ou 20 euros por mês.
Um fato interessante também é que a rede de saúde pública de Espanha começou a implementar um sistema de agendamento mais rigoroso e restritivo durante o surto de Covid-19, o que resultou num atraso nas marcações.
Por conta disso, muitas pessoas passaram a utilizar o sistema privado, o que é uma ótima notícia para os médicos espanhóis porque aumentou a demanda e, consequentemente, aumentou as oportunidades de emprego.
Como validar o diploma médico na Espanha?
O diploma brasileiro deve primeiro ser validado na Espanha, mediante encaminhamento da documentação ao Ministério da Educação daquele país.
Não existe um prazo definido para a resposta do Ministério, embora o processo demore frequentemente 6 a 12 meses a partir do momento em que o pedido é apresentado.
Você também deve ser residente legal na Espanha para obter a validação do seu diploma médico.
Porém, sem uma especialidade, as suas perspectivas de emprego são mais limitadas nos sectores público e privado.
Após completar a residência na Espanha, o médico pode se tornar um especialista.
Passar também no teste MIR e trabalhar como Médico Interno Residente por dois a cinco anos em uma instalação aprovada são pré-requisitos para a obtenção do título.
Após a conclusão deste procedimento, o especialista está qualificado para exercer a medicina na Espanha, dentro dos limites da sua especialização.
Documentos necessários para validação do diploma médico na Espanha
A seguir, saiba o tipo de papelada exigida para tornar válido o diploma médico na Espanha:
- Formulário pedindo permissão;
- Cópia autenticada e passaporte original;
- Diploma médico original do Brasil e cópia autenticada traduzida para o espanhol sob juramento;
- Histórico escolar da faculdade de medicina com tradução juramentada;
- Conteúdo programático acompanhado de tradução juramentada;
- Certificado DELE de proficiência em espanhol;
- Permissão para residir;
- Ter que pagar a taxa de 49,27 euros.
Os documentos apresentados deverão ser autênticos, traduzidos para o espanhol em tradução juramentada na Espanha e incluir uma apostila de Haia.
Caso o médico tenha se formado em instituições que já passaram por revalidação, poderá optar pelo processo simplificado, caso em que não será necessário submeter o plano de estudos do tema.
Quanto custa o processo de validação de diploma médico na Espanha?
Varia.
Primeiro, 49,27 euros é o custo pago ao Ministério da Educação espanhol para a validação do diploma. O preço final é determinado pelo volume de conteúdo e muitas vezes varia de 0,10 euros a 0,15 euros por palavra para uma tradução juramentada de português para espanhol.
Diversas universidades credenciadas no Brasil oferecem o teste. O Instituto Cervantes de São Paulo cobra R$ 373,00 (reais e não euros) pelo exame de nível B2.
Mas dada a reputação de dificuldade e competição intensa do teste, poderá ser necessário inscrever-se num curso preparatório.
Resiliência médica na Espanha: exame MIR
Um médico deve atuar como Médico Interno Residente (MIR) por dois a cinco anos em um hospital ou centro de saúde espanhol aprovado, essa situação deve ocorrer antes de obter licença para exercer a profissão nessa especialidade.
Em outras palavras, para que um médico, estrangeiro ou espanhol, seja admitido como residente no Sistema Nacional de Saúde espanhol, deve ser aprovado no exame MIR.
Mesmo que já sejam especialistas em seu país de origem, todos os médicos que desejam se tornar especialistas devem passar no exame MIR e concluir o programa de residência.
Há também 175 questões objetivas de múltipla escolha cobrindo uma ampla gama de tópicos médicos que compõem o teste.
À nota final são acrescentados 10% com base no desempenho acadêmico, sendo a nota do exame responsável por 90% do total. Os concorrentes podem selecionar as vagas em aberto com o edital.
A forma como funciona é que anualmente são disponibilizadas aos residentes um determinado número de vagas em hospitais e especializações específicas na Espanha.
Os candidatos “fazem fila” com base na nota, o que lhes dá a opção de selecionar entre as vagas em aberto.
Naturalmente, aqueles que ficam em primeiro lugar têm mais possibilidades e podem escolher entre universidades mais conceituadas e especializações altamente competitivas.
Vale a pena fazer residência médica na Espanha?
Com certeza, afinal, ser médico lhe permitirá trabalhar em uma das nações mais seguras do mundo, a Espanha, e desfrutar de um padrão de vida excepcional, além de um sistema de saúde incrível.
Assim, além de realizar pesquisas independentes, o que também é essencial, se você está pensando em seguir a carreira de médico na Espanha, é interessante contar com assessoria especializada.
Então, curtiu nosso conteúdo de hoje sobre tudo sobre como fazer residência médica na Espanha?
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