O Itamaraty estimou que a opção do governo Bolsonaro de dispensar a exigência de visto para turistas da Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão levou a um déficit financeiro anual para o Brasil de aproximadamente US$ 8 milhões, o que equivale a cerca de R$ 40 milhões, em termos de taxas consulares.
O atual presidente, Lula, defende agora a revogação desta medida nos seus esforços diplomáticos, citando o princípio da reciprocidade como argumento de apoio.
Isto se baseia no fato de que os quatro países em questão necessitam de vistos para viajantes brasileiros. A implementação de vistos para visitantes dos quatro países foi adiada até Abril de 2024, na sequência da pressão da indústria do turismo e dos líderes do Congresso.
O Itamaraty, em comunicado apresentado à Câmara dos Deputados, afirmou que não houve aumento substancial no fluxo de turistas dessas quatro nações ao Brasil desde 2019, mesmo antes do início da pandemia de Covid-19.
Segundo o Itamaraty, a decisão do Brasil de abrir mão unilateralmente de seu direito soberano de exigir vistos de nacionais de países que também exigem vistos de brasileiros criou um desequilíbrio migratório e enfraqueceu sua posição nas negociações internacionais de cidadãos brasileiros no exterior.
O Itamaraty, liderado por Mauro Vieira, declarou que o princípio da reciprocidade será estendido também aos visitantes mexicanos.
O ministério está atualmente em processo de solicitação de licitações para adquirir uma plataforma que facilitará o processamento de vistos eletrônicos para cidadãos mexicanos.
Inclusive, o ministério afirmou que uma vez concluído o processo e colocada em ação a plataforma específica, será restabelecida a total paridade de tratamento entre os cidadãos das duas nações.
Fonte: AcheiUSA
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