O Icec, Índice de Confiança do Empreendedor do Comércio, termômetro tão aguardado da avaliação comercial, é meticulosamente revelado mês após mês pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), essa entidade que tanto nos revela sobre os humores do varejo.
Em fevereiro, como que numa dança marcada pela reticência e pela ousadia, testemunhamos um acréscimo vigoroso de 2,4%, ecoando o segundo mês consecutivo de elevação.
Um movimento que, sob a lente refinada dos números, nos brindou com a marca imponente de 109,7 pontos, descontando os efeitos sazonais.
Contudo, mesmo nesse mar de avanços, ainda nos distanciamos 4,9% do pico alcançado no ano anterior para o mesmo período. Ah, como são intrigantes essas oscilações que nos põem entre o alento e o suspiro contido!
Os retalhistas, esse grupo tão estratégico no tabuleiro econômico, testemunharam um aumento vertiginoso de 8,5% em sua confiança no atual panorama financeiro.
Entretanto, esse êxtase, tão palpável na leitura imediata, contrasta com uma queda abrupta de 18,8% quando lançamos os olhos sobre o ano transcorrido. Como é volúvel a confiança, uma dança que ora nos envolve, ora nos escapa entre os dedos!
Outro destaque se fez presente nesse caleidoscópio de indicadores: um ganho mensal robusto de 5,6% emergiu ao analisarmos o estado atual da indústria.
No entanto, esse regalo de avanço é mesclado com um declínio de 17,2% quando comparamos com o ano anterior.
E embora esse termômetro tenha sido o único a roçar a zona de descontentamento, não podemos ignorar o impulso de 5,7% que vivenciou, um resquício de esperança em meio à neblina do pessimismo.
José Roberto Tadros, esse conhecedor sagaz dos meandros comerciais, pontua que, embora os comerciantes respirem menos pessimismo sobre o estado vigente da economia e do comércio, ainda estamos longe da plenitude. São obstáculos que persistem, desde os custos onerosos dos empréstimos até os desafios dos inadimplentes. “Priorizar o consumo de bens essenciais”, clama ele, uma reflexão que ressoa como um eco entre os corredores dos mercados.
Mas eis que surge, no horizonte incerto, uma luz tênue de antecipação. Um aumento modesto de 1,8% no índice que ausculta as expectativas dos mercadores, acompanhado por um vislumbre de 1,9% em termos anuais, uma primeira desde o distante novembro de 2022. Ah, como é reconfortante esse indício de otimismo, uma brisa suave em meio à tempestade!
Entretanto, entre os raios de esperança, a sombra de desafios persistentes. Felipe Tavares, esse economista perspicaz, nos lembra dos percalços ainda presentes.
As taxas de juros para as empresas, embora tenham declinado desde o ano anterior, ainda pairam num patamar desconfortável de 18,4%. E os inadimplentes, esses fantasmas que assombram os balanços, proliferaram de forma inquietante, agravando a já espinhosa questão do crédito.
E enquanto os empresários tecem suas estratégias, as famílias, esses protagonistas silenciosos do mercado, redescobrem a arte da parcimônia.
O estudo de Intenção de Consumo Familiar, que traça os desejos desses consumidores, revela uma mudança de rumo. “As expectativas dos comerciantes se elevam, à medida que menos famílias planejam cortar gastos”, pontua Tavares, numa sinfonia de esperança em meio ao coro de incertezas.
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Fontes: Portal E-Commerce Brasil
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